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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Saudade que doiiii


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Miguel Falabella: SAUDADE DOI Trancar o dedo numa porta dó...

SAUDADE DOI

Trancar o dedo numa porta dói.
Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Um tapa, um soco, um pontapé, doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua,
dói cólica, cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é a saudade.

Saudade de um irmão que mora longe.
Saudade de uma cachoeira da infância.
Saudade de um filho que estuda fora.
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais.
Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade de uma cidade.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Doem essas saudades todas.

Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.
Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor,
Ou quando alguém ou algo não deixa que esse amor siga,
Ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber.
Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio.
Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.
Não saber se ela ainda usa aquela saia.
Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania
de estar sempre ocupada;
se ele tem assistido às aulas de inglês,
se aprendeu a entrar na Internet
e encontrar a página do Diário Oficial;
se ela aprendeu a estacionar entre dois carros;
se ele continua preferindo Malzebier;
se ela continua preferindo suco;
se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados;
se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor;
se ele continua cantando tão bem;
se ela continua detestando o MC Donald's;
se ele continua amando;
se ela continua a chorar até nas comédias.

Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos;
não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento;
não saber como frear as lágrimas diante de uma música;
não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer.
É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso...
É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer;

Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e o que você,
provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler...
Miguel Falabellaiv dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">

domingo, 6 de janeiro de 2013

Papel em Branco...

 Se eu tivesse prestigio ou "pistolão", 
Buscaria zerar o meu passado...
Usaria rigor, dedicação, 
Para expurgar de mim todo pecado! 
Controlaria excessos, 
compulsação, 
Me tornaria um ser bem comportado...
Faria, até, das tripas o coração, 
Para ser um rapaz purificado. 
Se eu pudesse, afinal, voltar atrás, 
Fugir das tentações do satanás, 
- Tornar-me alguém decente e super franco - 
Iria ao encontro, com fervor, 
P'ra oferecer meu corpo ao teu amor, 
Como uma folha de papel..                                                                       
Em branco!...
                                                                Jorge Paiva  

       
                

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Um lindo poema para nos fazer feliz....

 “Guia para viajar pelas florestas do sentido”
O que é o caminho?
anúncio de partida
escrito em folhas que o pó desenhou.

O que é a árvore?
lagoa verde cujas ondas são o vento.

O que é o vento?
alma que não quer
habitar o corpo.

O que é a morte?
carro que leva
do útero da mulher
ao útero da terra.

O que é a lágrima?
guerra perdida pelo corpo.

O que é o desespero?
descrição da vida na língua da morte.

O que é o horizonte?
espaço que se move sem parar.

O que é a coincidência?
fruto na árvore do vento
caindo entre as mãos
sem se saber.

O que é o não sentido?
doença que mais se propaga.

O que é a memória?
casa habitada só
por coisas ausentes.

O que é a poesia?
navios que navegam, sem portos.

O que é a metáfora?
asa aliviando
no peito das palavras.

O que é o fracasso?
musgo boiando no lago da vida.

O que é a surpresa?
pássaro
que escapou da gaiola da realidade.

O que é a história?
cego a tocar tambor.

O que é a sorte?
dado
na mão do tempo.

O que é a linha reta?
soma de linhas tortas
invisíveis.

O que é o umbigo?
meio caminho
entre
dois paraísos.

O que é o tempo?
veste que usamos
sem poder tirar.

O que é a melancolia?
anoitecer
no espaço do corpo.

O que é o sentido?
início do não sentido
e seu fim.

***








quarta-feira, 10 de agosto de 2011

18/05/2011
Outono
Não posso ver, sem vivida emoção
Durante o Outono que chegou recente
As folhas mortas que, juncando o chão,
Vão consternando e entristecendo a gente!
Os galhos nus, por certo folharão
E se encherão de folhas novamente...
Mas as folhas levadas de roldão
Se perderão nas brumas do poente!
E nunca mais se ligarão aos galhos,
Rodopiando, loucas, por atalhos,
Na escuridão da fria madrugada!
Meus pobres sonhos, e este meu lamento,
Também são folhas mortas... que o vento
Vai fustigando pelo pó da estrada!...
                       Jorge Paiva
Eu preciso
Muito
Preciso
Você
Tanto
Queria ontem

Para hoje
Não
Precisar
Sentir sua falta
Tanto
Eu preciso tanto
Você
Quanto for possível
Quanto for
Preciso
Muito
Agora e 
Sempre
O tempo todo
Eu te preciso
Tanto
Muito
Quanto for
Agora
                          Carlos Vinicius Ribeiro  
06/06/2011
O poeta não está.
O poeta saiu pra ver o mar
E me deixou no seu lugar.
                                Carlos Vinicios Ribeiro     

Estamos em 2021 em plena pandemia mundial do covid 19.

No ano de 2019 começou a pandemia mundial da covid 19. Estamos em janeiro de 2021.